“Porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.” (Rm 8:2)

A lei estabelecida no coração de Jesus era a lei do Espírito de vida. A lei que Jesus seguiu como padrão de existência e conduta não foi a de Moisés. Se Ele adotasse a Lei de Moisés a prostituta de João capítulo 8 seria apedrejada, os cegos de Jericó morreriam cegos, porque seriam considerados amaldiçoados por Deus no nascimento, o filho da viúva de Naim jamais voltaria a viver sobre terra, pois Jesus não poderia tocar em mortos, se o Cristo estivesse submetido a lei dada por intermédio de Moisés a mulher encurvada a 18 anos e o homem da mão ressequida não seriam curados porque em um dia de sábado foram curados, a água das bodas de Caná jamais se transformariam em vinho, uma vez que era necessário que as talhas tivessem água para purificação daqueles que chegavam para a refeição, o ladrão da cruz não teria alcançado arrependimento e entrado no céu porque foi em nome da Lei mosaica que o Cristo foi crucificado.

Jesus viveu a vida no Espírito da vida, e o Espírito da vida é a essência, ou seja, o que constitui a natureza do Ser que se chama Deus! Deus encarnado em Jesus tinha como essência a Vida! Simples assim! Jesus encarnou a única vida que foi criada de fato por Deus. A vida que Adão viveu após a queda não era vida, mas sim morte. Por isso Deus o havia advertido que no dia em que comesse do fruto morreria, por isso também é que na cruz nascemos de novo porque só quem estava morto pode nascer de novo. Vida é aquilo que Cristo encarnou! Vida é Deus habitando em nosso interior. Vida é a expressão do que nos tornamos em Deus, nas atitudes simples do dia a dia. Vida é encarnar a Palavra no coração e andar em sua luz. Todo aquele que verdadeiramente vive, expressa a vida. Por isso Jesus era a Vida que havia de vir ao mundo e que agora veio.

Portanto, a vida para Jesus tem mais valor do que a Lei, do que as doutrinas, do que os dogmas, os conceitos, os preceitos, as ordenanças, as interpretações, tem mais importância do que um conjunto sistematizado de doutrinas elaborado pelos homens, para que aplaudam todos aqueles que os cumprir e condenem todos aqueles que não os cumprir.

Sendo assim, morrendo para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados da Lei, para que sirvamos conforme o novo modo do Espírito, e não segundo a velha forma da Lei (Rm 7:6).

A lei do Espírito da Vida é amar a Vida. Não aquela vida que chamamos de vida, e que na verdade é morte, porque é herdada de Adão. Contudo, amar a Vida que é Cristo.

Em amor, Pr Edimar Brandelero